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Ivair Augusto Costa

Outro elemento encarado como cultural é a dança. Por fazer parte da maioria das manifestações culturais, a dança por vezes é vista como algo inocente e uma expressão dos sentimentos de um povo. A maior expressão cultural brasileira é o carnaval, e esse evento tem como manifestação a dança erotizada; apesar de ser um elemento cultural, não participamos dele. Nem sempre a cultura de um povo possui elementos saudáveis a moral e espiritualidade.

O grande problema da dança é a erotização que sofreu com o passar do tempo. Todos os elementos de nossa vida, passando pela cultura e educação, foram distorcidos. Não tenho dúvida de que a dança como gênero cultural, é uma forma de expressão humana e faz parte da cultura dos povos. Mas o que o homem fez com a dança é outra coisa...
A dança no Brasil é um exemplo clássico da erotização, sensualidade e distorção sexual imposta a esse elemento cultural.

Aprovar a dança como algo porque faz parte da cultura, estaria abrindo uma porta para a juventude usufruir prazeres carnais, que a distorção da dança trouxe através dos tempos. Assim percebemos que a dança pode ser um elemento cultural, mas distorcido e usado para prazeres sexuais.
A dança facilita o contato do corpo, onde as pessoas se aproximam em um abraço carinhoso e movimentos sensuais. Não há dúvida sobre o poder romântico de uma dança para um casal. Mas o que dizer da excitação alcançada por um casal de jovens, que ainda na fase de descobertas sexuais?
A dança se torna uma facilitadora para as situações excitantes; hoje em dia são muitas as situações que levam a situação de excitação em um namoro, mas em outros tempos a dança já era vista com maus olhos por esse motivo de excessiva aproximação dos corpos.
Antes de restringir a dança, o cristão deverá restringir também outros elementos na sua relação com o sexo oposto; não dançar, mas permitir-se a um contato sensual excessivo no namoro, conduz a mesma excitação que deve ser evitada pelo cristão.

O contato com o corpo desperta um dos mais poderosos sentidos na área sexual – o tato. O sexo é a expressão máxima deste sentido, onde o contato do corpo é explorado. Ao se tocar, homem e mulher desencadeiam uma poderosa reação química, para a formulação do coquetel de substâncias sexuais. Quanto maior a proximidade e prolongado o estímulo do tato, maiores serão os impulsos sexuais despertados.
A dança é um poderoso facilitador para essa excitação. Homem e mulher se encontram muito próximos, e a mulher é extremamente ativada pela dança, devido a proximidade do homem em tocá-la em lhe falar ao ouvido. As danças que permitem o homem e mulher estarem abraçados favorecem a excitação feminina; as danças em que a mulher dança separada, ao alcance da visão do parceiro, excitam mais ao homem.

Mas e se a dança for usada em situações culturais como nas escolas para as crianças, ou até mesmo com os jovens em representações saudáveis?
Como já afirmei, a dança é um gênero cultural e uma forma de expressão; mas como usá-la em alguns eventos e suprimi-la em outros? As pessoas que tentarem conviver com esse paradigma, perceberão que os jovens não saberão diferenciar as situações; existe uma diferença muito sutil nos diferentes eventos e como distingui-los. Um jovem que tem a dança nos seus eventos teatrais da igreja saberá dizer não em um momento de dança em uma festa de amigos? Aquele jovem que tem como princípio não dançar terá mais chances nesta situação?
Esse fenômeno de distorção ocorreu com vários elementos da vida do homem, e precisamos de sabedoria para administrá-las.
“Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa. Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura...”. Tiago 3: 13-16
O princípio bíblico aqui fala da inveja e discórdia, mas servem também para o erotismo e a malícia, pois a sabedoria do cristão será caracterizada pela pureza e castidade.

Ivair Augusto Costa é Farmacêutico, pós-graduado em Bioquímica Humana e Análise Clínicas; cursa Teologia no UNASP-EC; é Ancião e Diretor Jovem da IASD Extensão Universitária de E. Coelho

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