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A CARNE COMO ALIMENTO NA BÍBLIA E TESTEMUNHOS

O presente material tem por objetivo apresentar citações de Ellen G. White sobre as excessões para o uso da carne como alimento. Não se propõe a advogar ou promover a desconsideração para com as advertências de se abster do alimento cárneo. Por outro lado, as citações que serão apresentadas conferem com a filosofia bíblica sobre o assunto, por isso a resumida abordagem sobre o plano de Deus, na Bíblia, sobre o uso da carne.
Também é nosso propósito destacar que a abstinência do alimento cárneo não é prova ou teste de comunhão na igreja, nem para membros e nem para pastores, bem como não há regra férrea nessa questão.
A abstenção do alimento cárneo tem sido alvo de muito extremismo e fanatismo dentro da igreja, através do qual muitos têm levantado a bandeira, ainda que ingenuamente, da salvação pelas obras (no caso, a abstenção do alimento cárneo). CSRA, 195, 196, 209, 210, 211, 353, 359.
Numa época de grande condescendência com o apetite, os que têm luz sobre esse assunto da reforma dos hábitos de saúde deveriam ser simpáticos e demonstrar espírito de tolerância e amor para com aqueles que ainda não se “enquadraram” no seu padrão de temperança.
Mesmo os pastores, mais exigidos como exemplo em algumas citações, são, de fato, instados por E. G. White dentro do princípio apresentado ao longo deste trabalho, de que na questão da temperança devem ser exemplo, mas que o assunto é pessoal e não é teste mesmo para eles. Comecemos pelo plano bíblico da questão do alimento cárneo:

01 – O Plano Original de Deus excluía o alimento cárneo (Gen. 1. 29-30). Havia abundância de alimentos em quantidade e qualidade. Nem os homens, nem os animais deveriam comer carne. Mesmo após o pecado entrar no mundo o alimento cárneo não foi autorizado por Deus. À entrada do pecado Deus estendeu o cardápio original adicionando-lhe, além das frutas e sementes a “erva do campo”. (Gen. 1:29; 3:18).

02 – Depois do Dilúvio. Em Gen. 9. 3-4 vemos que toda vegetação útil estava destruída. As águas do dilúvio se secaram após um ano, um mês e um dia, e a terra só secou depois de mais um mês e vinte e seis dias. Compare Gen. 7.11 com 8.13-14. Portanto, não houve tempo para as arvores frutíferas crescerem e produzirem. A liberação divina para comer carne abrangia animais limpos já providos para esse fim (Gen. 7.2-3).

03 – O Plano de Deus para Israel. Exo. 16. 2-4, mostra que quando o povo murmurou pedindo carne Deus respondeu a contra gosto, dando-lhes cordonizes (V. 12,13) mas também introduziu o alimento ideal, o maná (V. 15a – 21). A desaprovação divina ficou evidente quanto ao alimento cárneo por varias razões, duas delas estão aqui destacadas:
A – Somente o maná permaneceu, as cordonizes foram retiradas.
B – Quando o povo pediu mais carne esta lhe foi dada, mas junto com a conseqüência da morte. Num. 11. 4-19 e 31-34.

Não era plano divino que se usasse a carne como alimento, mas devido ao desejo do povo o Senhor indicou o tipo de carne que deveria ser consumida em Lev. 11. Como já havia feito nos dias de Noé (Gen 7. 2-3).

Por outro lado, embora o Senhor desse o maná por 40 anos ao Seu povo no deserto, permitiu que após haver experimentado os benefícios desse novo regime sem carne, pudessem decidir por si mesmos como seria sua alimentação liberando e regulamentando o uso da carne de animais limpos. O único ponto no qual Deus foi irredutível foi na questão dos animais imundos.

04 – Deus compreendia e aceitava as pessoas apesar de terem um regime alimentar não vegetariano:
A – Jesus multiplicou peixes para a multidão duas vezes, demonstrando compreensão divina neste assunto e que a aceitação do crente no Reino de Deus é independente do assunto da carne salvo por condescendência com o apetite que leva a gula e exclui do Reino (Gal. 5.21).
B – Jesus comendo peixe com os discípulos (Luc. 24. 41-43 e DTN, 768, 1), mostrou a compreensão e paciência de Deus.
C – A recomendação apostólica estava rigidamente ligada ao texto bíblico daí condenar o sangue, a carne sufocada, evitar as sacrificadas aos ídolos, porém não proibia o uso da carne limpa (Atos 15. 19-20, 29)


05 – Em nossos dias temos na Igreja Adventista a orientação profética sobre o assunto da santidade do corpo, e da saúde que abrange também o tema do uso da carne.
Vejamos alguns pontos relevantes:

I – Malefícios da Carne:

a – A condescendência com o apetite gera doença e temos o exemplo do antigo Israel não renunciando o desejo de carne, vindo então a peste. CSS, 141.
b – Uma reforma é necessária nesta questão da saúde, pois a carne põe em perigo a saúde física, mental e espiritual. CSS, 575.
c – Os meio convertidos nesta questão sairão definitivamente do povo de Deus. CSS, 575; CSRA, 382.
d – Moléstias dos animais são transmissíveis. CSRA, 384.
e – Estimulantes das paixões carnais junto com a manteiga. CSRA, 48 e 395.
f – Câncer transmitido pela carne. CSRA, 384 e 388.
g – Inabilita (o uso da carne) para cargos nas instituições, quando a pessoa rejeita obedecer à luz que têm. CSRA 415 e 416.
h - Há influência negativa dos carnívoros sobre as pessoas. CSRA, 404.

Muitos outros pontos negativos sobre a carne, alimentos animais e outros danosos à saúde poderiam ser aqui adicionados, estes porém, foram apresentados como uma amostra da seriedade da questão.

II – Que atitude devemos tomar em relação ao tema da saúde (e carne, neste estudo) e como nos posicionar em relação a pessoas que consomem carne?
“Se a reforma pró-saúde com todo o seu rigor for ensinada àqueles cujas circunstâncias não lhes permitem sua adoção, ter-se-á produzido mais dano do que bem”.CSS, 137.
Há realmente alguns que vivem em circunstâncias que os impedem de adotarem plenamente a reforma. Portanto, trata-se de um princípio que deve ser ajustado a cada indivíduo em particular. É uma questão pessoal. CSRA, 395:

“O regime cárneo não é o mais são, e todavia eu não tomaria a atitude de que ele deva ser rejeitado por toda pessoa.”


Vejamos:

a – Tuberculosos desenganados – não devem ser forçados a deixar a carne. CSRA 292,2:

“Os tuberculosos que se acham em decidido caminho da sepultura, não devem fazer mudanças particulares a esse respeito, mas seja exercido cuidado para obter carne de animais o mais saudáveis possível.”

b – Pessoas que sofrem de tumores não devem ser forçadas a deixar a carne. CSRA, 292, 3:

“As pessoas que têm tumores a minar-lhes a vida, não devem ser carregadas com a questão de deverem ou não abandonar o uso da carne. Cuide-se de não coagir a uma resolução quanto a esse assunto. Não ajuda ao caso forçar a mudanças, mas prejudicará aos princípios de abstinência da carne. Façam-se palestras na sala de visitas. Eduque-se a mente, mas não se force a pessoa alguma, pois tal reforma feita sob pressão é inútil....”

c – Vários tipos de doenças e exaustão (esgotamento). CSRA, 394:

“Em certos casos de doenças ou exaustão, poderá ser considerado melhor usar alguma carne, mas grande cuidado deve ser tomado para adquirir carne de animais sadios.”

d - Deve-se considerar a emergência como no exemplo de E. G. White. CSRA, 394:

“Quando não me foi possível obter o alimento de que necessitava, comi um pouco de carne algumas vezes; mas estou ficando cada vez mais atemorizada de fazê-lo.”

e – Órgãos digestivos fracos. CSRA, 395:

“Os que têm fracos órgãos digestivos, podem muitas vezes comer carne, quando não lhe possível ingerir verduras, frutas e mingaus.”

f – Hábitos não devem ser mudados precipitadamente. CSRA, 462:

“Hábitos que foram por toda a vida ensinados como sendo direitos, não devem ser mudados por medidas rudes ou precipitadas.”

g – Pobres não devem ser coagidos a deixar a carne. CSRA, 463:

“Sinto sincera comiseração para com famílias que chegaram à fé recentemente, e que se sentem tão premidas pela pobreza que não sabem de onde lhes virá a próxima refeição. Não é meu dever fazer-lhes discursos sobre o comer saudável. Há tempo de falar, e tempo de calar.”

h – Carne não é teste. CSRA, 462. Nem os que comem são os maiores pecadores:

“Devemos considerar a situação do povo, e o poder de hábitos e práticas de vidas inteiras, e devemos ser cautelosos em não impor aos outros nossas idéias, como se esta questão fosse um teste, e os que comem carne fossem os maiores pecadores.”

i – Ninguém deve ser consciência do outro nesta questão. CSRA, 463:

“Nunca julguei ser meu dever dizer que ninguém deveria provar carne, sob quaisquer circunstâncias. Dizer isto, quando o povo tem sido educado a viver de comer carne em tão grande medida, seria levar ao extremo a questão. Nunca senti ser dever meu fazer asserções arrasadoras. O que tenho dito, disse-o sob uma intuição do dever, mas tenho sido cautelosa em minhas afirmações, porque não queria dar ocasião para qualquer pessoa ser consciência para outro. ...”

j – Não há regra estabelecida nessa questão (CSRA, 95,3; 404:2):

“Não estabelecemos regra alguma para ser seguida no regime alimentar, mas dizemos que nos países onde abundam as frutas, cereais e nozes, os alimentos cárneos não constituem alimentação própria para o povo de Deus.”
“Uma pessoa não pode ditar uma estrita regra para outra. Cada um deve exercer discernimento e domínio, agindo por princípio.” CSRA, 139

(Mas é facultativa onde não haja abundância de vegetais. CBV, 103)

m – Não é prova de comunhão (CSRA 404,3):

“Não nos compete fazer do uso da alimentação cárnea uma prova de comunhão; devemos, porém, considerar a influência que crentes professos, que fazem uso da carne, têm sobre outras pessoas.”

o – Não é uma prova. Ninguém deve ser forçado a abandonar o seu uso, o ministro que comer é responsável pelas conseqüências sobre o seu organismo e não deve combater o vegetarianismo nem a reforma pró-saúde, nem dar impressão de que Deus não quer que se deixe a carne. CSRA 401,2:

“Se bem que não tornemos o uso do alimento cárneo uma prova, se bem que não queiramos forçar ninguém a abandonar seu uso, todavia é nosso dever instar para que ministro algum da associação faça pouco da mensagem de reforma nesse ponto, ou a ela se oponha. ... Ele [o Senhor] nos deu a obra de proclamar a mensagem da reforma pró-saúde, e se não podeis avançar nas fileiras dos que a estão proclamando, não o deveis tornar notório. Neutralizando o trabalho de vosso co-obreiros, que estão ensinando a reforma pró-saúde, estais fora da ordem, operando do lado contrário.”

p – Quando assentados a uma mesa onde haja carne não devemos vibrar um ataque contra os que a usam, mas deixá-la intocada quanto a nós, e se perguntarem à razão de assim proceder, devemos explicar o motivo de não a usarmos. CSRA, 462,2:

“Quando assentados a uma mesa onde haja carne, não devemos vibrar um ataque contra os que a usam, mas deixá-la intocada quanto a nós, e se nos perguntarem a razão de assim proceder, devemos de maneira bondosa explicar o motivo de não a usarmos.”

Em face do que foi abordado até aqui introduziremos, agora, um quadro apresentando a atitude de E. G. White em relação aos pastores e administradores que não apoiavam a reforma pró-saúde chegando, alguns, até a zombar dela e combatê-la. A razão evidente era que, entre outras coisas, não pretendiam restringir a condescendência com o apetite nessa questão.
Ela não estava falando dos que eventual e circunstancialmente comiam carne, como ocorreu com ela mesma, ou daqueles que podiam enquadrar-se numa das exceções já mencionadas neste material, mas àqueles que optaram, devido ao apetite pervertido, por comer carne regularmente, em desrespeito e pouco caso com a luz recebida, e até combater a reforma pró-saúde. Vejamos:

OS MINISTROS E O ALIMENTO CÁRNEO


O DEVER DOS MINISTROS

1. Devem ser estritamente temperantes no comer e beber. CSRA, 382.
2. Devem despertar o povo e dar bom exemplo em não comer carne. CSRA, 399.
3. A responsabilidade de vencer o apetite pesa sobre todos e em especial sobre os ministros. CSRA, 54.

QUAL O RESULTADO DE DESOBEDECER

4. Não serem separados como mestres do povo enquanto ensino e exemplo contradiz, por falta de interesse devido à condescendência, a mensagem sobre a reforma pró-saúde. CSRA, 453,454.
5. Unir-se a outros em come-la, pode, possivelmente, abalar a confiança no ministro. CSRA, 402.
6. A condescendência de ministros com o apetite pervertido nessa questão é desprezo pelas advertências de Deus e prejuízo para a saúde. CSRA, 404.

A ATITUDE DE ALGUNS MINISTROS NOS DIAS DE E. G. WHITE

7. Alguns ministros demonstravam pouco interesse na reforma pró-saúde devido a condescendência. CSRA, 453.
8. Muitas pessoas e alguns ministro têm demonstrado pouca consideração para com a reforma de saúde, enquanto departamento, por não verem a relação dela com a mensagem. CSRA, 73
9. Em 1904 muitos ministros não seguiam a reforma pró-saúde apesar da luz dada. CSRA, 288.

RECOMENDAÇÃO DE E. G. WHITE DE COMO AGIR

10. Não é uma prova e nem é forçado o ministro deixar a carne, mas ele não deve se opor e nem fazer pouco caso do assunto. Se não pode avançar junto com os que proclamam a reforma pró-saúde não deve fazer isso notório. CSRA, 401.

Portanto, a questão da carne como alimento é pessoal, não é ponto de comunhão e teste de fé na igreja, nem para membros, nem para ministros, contanto que não combatam a reforma pró-saúde que deve ser apresentada com tato, sem forçar as pessoas. Ao mesmo tempo deve-se entender as exceções que provam que o assunto não é ponto de salvação, a não ser que a pessoa esteja comendo-a por condescendência com o apetite (gula), e isto é aplicável a qualquer outro alimento.
Danos físico que repercutem na vida espiritual e eficiência para a obra de Deus são resultado da condescendência com o apetite pervertido no regime alimentar. O único caminho seguro é seguir a luz recebida para os nossos dias quando tantas doenças afetam os animais e a perversão dos sentido toma conta do mundo.
É bastante cada um, em sinceridade, seguir a diretriz original:

Antes do pecado: “E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra, e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento.” Gn 1:29

Após o pecado: “Ela [a terra] produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo.” Gn 3:18

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380 7 Entre os que estão aguardando a vinda do Senhor, o comer carne será afinal abandonado; a carne deixará de fazer...
388 4 O regime cárneo é a questão séria. Hão de seres humanos viver da carne de animais mortos? A resposta, segundo a luz dada por Deus, é: Não, decididamente Não.
Muitos que são agora só meio convertidos quanto à questão de comer carne, sairão do povo de Deus, para não mais andar com ele.
Os que usam carne menosprezam todas as advertências que Deus tem dado relativamente a esta questão.
Não possuem nenhuma prova de estar andando em caminhos Talvez pergunteis: Quereria a senhora acabar inteiramente com o comer carne? Respondo: Finalmente chegarei a isto, mas não estamos preparados para este passo justo agora. O comer carne será finalmente abandonado. A carne de animais não mais constituirá parte de nosso regime; e olharemos com desagrado para um açougue. ... seguros. Irmão estes textos me intrigam, procurei na internete algo que falasse sobre eles, pensei que o irmão iria dicertar sobre esse assunto mais não falou. queria que o você soubece que são justamente estes texto acima que tira muitos irmãos da igreja.por favor me esprique estes texto o que naverdade eles querem dizer? eles querem dizer outra coisa ou não.Aguardo resposta

Ok! Querido(a) visitante, Estes textos que me mostrou são realmente corretos, e creio que a verdade é que todo aquele que vier a ver a voltar de Cristo terá finalmente deixado este tipo de alimento. Quando entrei para igreja Adventista tinha dúvidas quanto a esta questão, porém recentemente fui esclarecido graças ao Espírito Santo de Deus, quando postei este artigo quis apresentar a posição da igreja em relação a comer carne, tanto a luz da bíblia quanto ao Espírito de Profecia. Recomendo que leia novamente todo texto e verá que em momento algum a irmã White diz que NÃO devemos abandonar, mas insiste para que isso seja feito com urgência, sem que descriminem aqueles que ainda não fizeram esta reforma...

Muitos que são agora só meio convertidos quanto à questão de comer carne, sairão do povo de Deus, para não mais andar com ele.

Isto se refere a pessoas que não estão dispostas a deixarem a carne, estas pessoas preferiram deixar a fé do do que largar o vicio. E deixo claro que nenhum texto bíblico ou do Espírito de Profecia tiram ninguém da igreja, aqueles que saem apenas querem um motivo para justificar o abandono dos caminhos do Senhor.

A reforma de saúde não é uma opção, é necessária assim como a música e vestuário que também são pontos importante que estão sendo deixado de lado.

Só para deixar claro deixei de comer carne á mais de 4 anos...

Finalizo com o texto de romanos 14:21

"É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar."

Recomendo a todos que larguem a carne quanto antes, para maiores esclarecimentos visite o link abaixo

http://comotersaude.blogspot.com/search/label/Carne

Tenho um material um pouco mais DIRETO, sobre este assunto tão polêmico, entre em contato comigo pelo orkut ou email revelacoesprofeticas@yahoo.com.br que enviarei para você, mas esteja disposto a ver toda a verdade...

A maior parte das pessoas não sabem o que está por trás da grandes indústrias de alimento, Deus sabe disto e tenta alertar seu povo, mas como sabemos muitos perecem por falta de conhecimento.

Estou aguardando seu contato para lhe enviar todo material ok!?

o que a senhora white quer dizer com a expreçao meio covertido ?

Obrigado pelo seu comentário. Não publicamos neste blog comentários com palavras de baixo calão, denúncias levianas e troca de ofensas entre leitores.